Mais um pedacinho do colectivo que somos; a vertigem cega pela busca da imagem que nos tentam vender estampada em cada sorriso trocista e na forma como o membro do júri se dirige à candidata no início. A menina de lilás escarnece com o olhar a revelação de Susan Boyle no momento em que esta afirma desejar ser cantora profissional. A digníssima menina sentir-se-á obviamente bem mais apta a tal: de alguma maneira, corporiza o ideal desta sejvajaria colectiva - normativa e formatada - que continuamente tudo faz para se aproximar da bestialidade (de besta, mesmo) - a menina tem tudo o que é preciso para chegar longe.
Esta é a bofetada que dou, com toda a emoção, nesta sociedade estúpida. Se nela militas neste aspecto, então esta bofetada é também para ti. Bom fim-de-semana - fashion, claro.
E um abraço para tod@as @s Susan Boyle.