Branco imenso. E cores. Queria estar um pouco contigo, agora que o vazio de ser reina nos dias iguais. Mas venho para junto de ti e recebes-me com o branco da morte e as cores do folclore. Cavalheiros altos, como justos, e mulheres a dançar por dentro, em roda.
Hoje vinha falar-te de Samskeyti, de paixão e daqueles ventos que nos abraçam nos vales, talvez da Islândia. Mas tu recebes-me com branco e cores...
Ia falar-te deste chão varrido, de tudo. Das meias de renda? Da pendulares viagens solitárias em ponto morto? Das mortes a que assistimos no passeio do outro lado?
Hoje também tu me recebes com o branco da morte. Assisto a tudo, junto ao chão, de onde vim e para onde vou no regresso do caminho que fiz por engano. Tudo parece convenientemente normal.
Olharam-me. E ninguém me viu.