domingo, 29 de julho de 2007

Mudam-se os tempos...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mantêm-se as condutas... É curioso verificar que todos nós passamos por fases assimétricas e/ou díspares que nos transmitem a sensação de mudança. No entanto, interrogo-me: será que a maioria de nós muda assim tanto? Ou será que as mudanças efectivas (comportamentais) não são mais do que o fruto do dirigismo social a que todos, uns mais que outros, nos expomos? Ou seja, não será verdade que efectivamente não mudamos fruto do livre arbítrio mas sim devido ao que a sociedade nos impõe?
Pensar dá, efectivamente, muito trabalho...

2 comentários:

Anónimo disse...

Por vezes a vida cheira a sonho.. Somos diariamente confrontados com a realidade breve e fugaz, mas tão densa; o dia nos impele a sair, a noite nos pressiona a viver e acertar as últimas notas musicais, colocar cada macaco no seu galho; conhecermo-nos. Pergunto-me até que ponto é isso, …, possível!? Será que temos o dom do saber? Será que a nossa natureza é cognoscente? O que dizer dos nossos dias, passados de modo inebriante, cheios de preocupações, de risos perdidos e momentos de lazer passados? Como comparar vidas? A nossa vida e a dos outros. E quando a nossa vida é demasiado perfeita em comparação com outras e demasiado desgastante comparada com algumas? Confundir a vida com um sonho. Porque somos aquilo que sonhamos ou somos aquilo que fazemos? O que somos, amor? O que somos, mãe? O que somos, professor? O que somos, ídolo? A todos perguntamos, muitos nos tentam ensinar, penso que poucos sabem a resposta. A vida é fugaz, mas é bela e repleta de sensações. Hoje, sou o que faço, perante o mundo. Mas sou o que sonho, perante algo muito superior, que é o universo que me abriga, é o ar que respiro e me dá vida, os seres vivos mais belos e puros, inocentes ao seu jeito, com os quais partilho todas as maravilhas, mais do que 7. O meu mundo é feito de papel, de terra, de seda, de luz. Cada noite dormida, cada estrela observada, a lua cheia.. Tudo se transforma, tudo me transforma e cria a minha experiência. Como a cobra, vou mudando de pele. Mas no fundo, sinto em mim a eterna menina, descalça, de pé no chão, louca pelo mar, brincando de ser menina, no quarto. De todos os brinquedos, de todas as sensações, de todas as pessoas.. Muito será esquecido, muito permaneceu. E assim sou o que sou hoje, enquanto a terra gira. A vida é sonho, a vida é desafio. Existimos para ser belos, mas para pensar. Esta é a minha essência. Isto é o que conheço dela. E a vossa essência, onde está? Desafio os teus leitores a pensar, Pedro. Pois a vida é também feita de belas leituras, de textos como os teus, que enchem o coração, que acalmam a alma, e ainda prolongam o sonho. Continua escrevendo. A palavra é uma arma, podes fazer com ela o que quiseres. Tu fazes o bem. E muito bem.

Fábula disse...

este tema da mudança interessa-me muito, pretendo "mudar-me", quer dizer... pretendo mudar algumas coisas em mim de modo a aproveitar melhor a vida... =) penso que é um esforço salutar!