segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Directas e Direitas

Após semanas de debate entre Menezes e Marques Mendes, a principal ilação a tirar é a seguinte: qualquer um destes senhores tem em si e no seu poder a principal preocupação. De dois candidatos à presidência de um partido político esperava um debate de ideias sobre o país e o papel do mesmo no cenário internacional. Mas o que se assistiu foi a troca de insultos, insinuações, enorme falta de respeito e um nível de linguagem completamente inadmissível para dois actores políticos. Certamente nenhum dos candidatos merecia que em si se depositasse um voto mas, infelizmente, o mais incivil foi quem saiu vencedor.
Sinceramente, fiquei decepcionado com a hipócrita declaração de derrota de Marques Mendes e surpreendido com o ar de refrigério por si patenteado.
Para a história fica um líder que deu a cara à luta numa etapa dificílima para o PSD, que desafiou homens-instituição dentro do partido, que se pautou por um código de ética próprio mas que claudicou quando beijou a mão de Jardim (o mesmo que nunca o convidou para as festas do PSD/Madeira em Chão de Lagoa!) em troca de caciquismo de tão ilustre tirano para a obtenção de um voto madeirense arrebanhado. Todavia, foi o melhor líder desse partido de que tenho memória.
Acendam-se os holofotes para receber Santana e companhia. E a cena política cada vez mais pobre...

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