terça-feira, 18 de março de 2008

Cinco anos após a invasão do Iraque

A Amnistia Internacional divulgou hoje um documento e intitulado Iraque: Cinco anos de carnificina e desespero, referindo que no Iraque continuam a morrer, todos os meses, centenas de civis de forma violenta. Cinco anos depois da invasão militar encabeçada pelos EUA, "a situação dos direitos humanos é desastrosa, predomina um clima de impunidade, a economia está de rastos e a crise dos refugiados não pára de crescer" denuncia a AI.

Violência sectária entre sunitas e xiitas: aumentou desde o início de 2006, obrigando comunidades inteiras de bairros de população mista a fugir. Esta situação levou à deslocação interna de quatro milhões de pessoas.

Mulheres: Entre 2006 e 2007, segundo a Organização Mundial da Saúde, 21,2% das mulheres foram vítimas de alguma forma de violência.

A situação económica é péssima. A maioria d@s iraquian@s sofre de carências alimentares, de abastecimento de água, de saneamento, de educação, de assistência médica e não tem emprego.

Em 2004 voltou a ser aplicada a pena de morte tendo já sido condenadas centenas de pessoas. Só em 2007 já foram executadas pelo menos 33 pessoas. A tortura é uma prática corrente nas prisões iraquianas.
A invasão do Iraque começou a 19 de Março de 2003. Em Maio desse ano o presidente dos EUA George Bush declarou que a guerra tinha terminado. A 8 de Junho de 2004 o Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou a resolução 1546, na qual era declarado que "a 30 de Junho de 2004 se porá fim à ocupação"...

Que vergonha... e pensar que um Primeiro-Ministro eleito por sufrágio universal em Portugal recebeu Bush, Blair e Aznar nas Lages, numa "cimeira da guerra" que abriu portas à invasão...

1 comentários:

Anónimo disse...

A operação mais obviamente abjecta, à revelia da ONU, da invasão de um país em nome do capitalismo selvagem. As empresas petrolíferas sugam alegremente o petróleo do país devastado, as empresas de armamento sugam o contribuinte norte-americano para destruir o povo iraquiano, as empresas de contrução americanas cobram milhões para construir o que as suas congéneres destruiram.

Lucros e lucros da ordem dos muitos zeros que se acumulam graças à actividade destes arautos da democracia, assim denominados pelos media globais, e que culminam no sofrimento milhões de seres humanos.